One Art
(Elizabeth Bishop)
The art of losing isn't hard to master;
so many things seem filled with the intent
to be lost that their loss is no disaster.
Lose something every day. Accept the fluster
of lost door keys, the hour badly spent.
The art of losing isn't hard to master.
Then practice losing farther, losing faster:
places, and names, and where it was you meant
to travel. None of these will bring disaster.
I lost my mother's watch. And look! my last, or
next-to-last, of three loved houses went.
The art of losing isn't hard to master.
I lost two cities, lovely ones. And, vaster,
some realms I owned, two rivers, a continent.
I miss them, but it wasn't a disaster.
--Even losing you (the joking voice, a gesture
I love) I shan't have lied. It's evident
the art of losing's not too hard to master
though it may look like (Write it!) like disaster.
quarta-feira, 25 de julho de 2007
A House on Mango Street
Há frases que nos acompanham sempre, são nossas bengalas em tempos de altos e baixos. Descobri Sandra Cisneros (1954, Chicago), de origem mexicana, e estas frases em Nova York e, desde então, têm feito parte de meus álbuns, de cadernos, de folhinhas perdidas...
"Not a flat. Not an apartment in back. Not a man´s house. Not a daddy´s. A house all my own. With my porch and my pillow, my pretty purple petunias. My books and my stories. My two shoes waiting beside the bed. Nobody to shake a stick at. Nobody´s garbage to pick after. Only a house quiet as snow, a space for myself to go, clean as paper before the poem" (Sandra Cisneros, in "A House on Mango Street")
"Not a flat. Not an apartment in back. Not a man´s house. Not a daddy´s. A house all my own. With my porch and my pillow, my pretty purple petunias. My books and my stories. My two shoes waiting beside the bed. Nobody to shake a stick at. Nobody´s garbage to pick after. Only a house quiet as snow, a space for myself to go, clean as paper before the poem" (Sandra Cisneros, in "A House on Mango Street")
Lembranças do Marrocos - Tangier e Fès
Encontrei este texto há pouco, escrito em abril de 2004, sobre a minha viagem ao Marrocos entre 1999 e 2000. Não cheguei a terminá-lo. É um pouco antigo mas ainda mexe com as minhas lembranças e sensações, especialmente depois deste meu último final de semana. Elas continuam vivas como nunca...
Voilà le texte!
"Passei duas semanas no Marrocos, entre dezembro de 1999 e janeiro de 2000, e trouxe daquele país as mais belas lembranças que uma viagem jamais poderia ter me
proporcionado. Iniciei pelo sul da Espanha. Estava em Sevilla, na luminosa região da Andaluzia, e lá pensei: por que não?, já que aquele país do norte da África fazia parte de meus sonhos havia muitos anos. De Algeciras, tomei o ferry-boat até o porto de Tangier, uma das principais entradas para o Marrocos. Era época do Ramadã e muitos marroquinos residentes na Europa iriam passar a data com a família. São apenas 14 quilômetros de uma costa a outra, pelo estreito de Gibraltar, mas o mar revolto empurrou a curta viagem para algumas horas a mais. Meus planos eram o de chegar a Tangier e tomar um ônibus diretamente a Fès, mas como já era noite, mudei de idéia. O problema é que, desprevenida, não me dei conta que havia uma agência de câmbio dentro do navio. Quando desci em Tangier, não havia mais nenhum local aberto para trocar as pesetas espanholas pelos dirhams marroquinos para poder telefonar
aos meus amigos marroquinos nem tampouco havia reservado um quarto de hotel para mim. Um francês que viu a minha situação e com quem eu tinha batido papo no barco
- aquela era a 12ª vez que ele viajava ao Marrocos -, me emprestou uns dirhams para eu poder telefonar, pelo menos, para o serviço de informações turísticas.No local, encontrei um marroquino que dizia conhecer um hotel barato, de um amigo. Como desconfiança é regra número um para uma mulher que viaja sozinha, principalmente em países árabes, fiquei com um pé na frente e outro atrás. Fiz cara de brava, mas segui o rapaz. Era, realmente, um bom hotel, limpo e charmoso. Ali havia vivido o escritor americano Paul Bowles, autor de "O Sol Que Nos Protege", que mais tarde Bernardo Bertolucci levaria para as telas. Saí sozinha à noite para poder telefonar aos amigos de Fès e explicar que seguiria no dia seguinte. No caminho, ouvi palavras
em árabe direcionadas a mim mas que até hoje não fiz questão de saber o que significavam. De manhã, tomei café com croissants, herança dos anos que a França dominou o Marrocos, e, pronta para seguir para Fès, pedi ao taxista que me
levasse até a rodoviária. No trajeto, observei a beleza da cidade, com o mar reluzente à frente. Como o mercado informal é o forte em quase todas as cidades
marroquinas, uma turista (mulher) pode ser um alvo fácil para qualquer um. Vários homens me abordaram para eu viajar com aquela ou a outra companhia, mas acabei optando por comprar minha passagem no guiché. Embarquei e horas depois fui
recebida por Hamid, meu contato em Fès. Era final de dezembro e passei a virada de ano em um lar marroquino, acompanhando todos os rituais do Ramadã, período em que os
muçulmanos fazem jejum do nascer ao pôr-do-sol. Por ser ocidental, meus amigos me deixaram muito à vontade e pela manhã traziam gentilmente um copo de leite e um
croissant.Numa casa marroquina, e mais tarde, fui perceber que em outras casas árabes acontece o mesmo, o visitante é um membro da família. É preciso, no entanto, deixar os preconceitos de lado e mergulhar na cultura riquíssima do local.De Fès parti para Marrakesch, a cidade vermelha, dos mercados livres, dos cheiros dos temperos..."
Voilà le texte!
"Passei duas semanas no Marrocos, entre dezembro de 1999 e janeiro de 2000, e trouxe daquele país as mais belas lembranças que uma viagem jamais poderia ter me
proporcionado. Iniciei pelo sul da Espanha. Estava em Sevilla, na luminosa região da Andaluzia, e lá pensei: por que não?, já que aquele país do norte da África fazia parte de meus sonhos havia muitos anos. De Algeciras, tomei o ferry-boat até o porto de Tangier, uma das principais entradas para o Marrocos. Era época do Ramadã e muitos marroquinos residentes na Europa iriam passar a data com a família. São apenas 14 quilômetros de uma costa a outra, pelo estreito de Gibraltar, mas o mar revolto empurrou a curta viagem para algumas horas a mais. Meus planos eram o de chegar a Tangier e tomar um ônibus diretamente a Fès, mas como já era noite, mudei de idéia. O problema é que, desprevenida, não me dei conta que havia uma agência de câmbio dentro do navio. Quando desci em Tangier, não havia mais nenhum local aberto para trocar as pesetas espanholas pelos dirhams marroquinos para poder telefonar
aos meus amigos marroquinos nem tampouco havia reservado um quarto de hotel para mim. Um francês que viu a minha situação e com quem eu tinha batido papo no barco
- aquela era a 12ª vez que ele viajava ao Marrocos -, me emprestou uns dirhams para eu poder telefonar, pelo menos, para o serviço de informações turísticas.No local, encontrei um marroquino que dizia conhecer um hotel barato, de um amigo. Como desconfiança é regra número um para uma mulher que viaja sozinha, principalmente em países árabes, fiquei com um pé na frente e outro atrás. Fiz cara de brava, mas segui o rapaz. Era, realmente, um bom hotel, limpo e charmoso. Ali havia vivido o escritor americano Paul Bowles, autor de "O Sol Que Nos Protege", que mais tarde Bernardo Bertolucci levaria para as telas. Saí sozinha à noite para poder telefonar aos amigos de Fès e explicar que seguiria no dia seguinte. No caminho, ouvi palavras
em árabe direcionadas a mim mas que até hoje não fiz questão de saber o que significavam. De manhã, tomei café com croissants, herança dos anos que a França dominou o Marrocos, e, pronta para seguir para Fès, pedi ao taxista que me
levasse até a rodoviária. No trajeto, observei a beleza da cidade, com o mar reluzente à frente. Como o mercado informal é o forte em quase todas as cidades
marroquinas, uma turista (mulher) pode ser um alvo fácil para qualquer um. Vários homens me abordaram para eu viajar com aquela ou a outra companhia, mas acabei optando por comprar minha passagem no guiché. Embarquei e horas depois fui
recebida por Hamid, meu contato em Fès. Era final de dezembro e passei a virada de ano em um lar marroquino, acompanhando todos os rituais do Ramadã, período em que os
muçulmanos fazem jejum do nascer ao pôr-do-sol. Por ser ocidental, meus amigos me deixaram muito à vontade e pela manhã traziam gentilmente um copo de leite e um
croissant.Numa casa marroquina, e mais tarde, fui perceber que em outras casas árabes acontece o mesmo, o visitante é um membro da família. É preciso, no entanto, deixar os preconceitos de lado e mergulhar na cultura riquíssima do local.De Fès parti para Marrakesch, a cidade vermelha, dos mercados livres, dos cheiros dos temperos..."
Boletim médico - Tigrinha
Tigrinha dorme enrolada numa manta de lã. Dorme o sono dos anjinhos. Dos anjinhos como ela. Não posso imaginar minha vida sem estas duas coisinhas: Neném e Tigrinha.
Tigrinha
A todos que ligaram e enviaram e-mails: Tigrinha já está em casa e passa bem. Chegou com um colar elizabetano que fez a Neném estranhar a velha companheira!
terça-feira, 24 de julho de 2007
Feliz aniversário!
Eventos históricos do dia, além do meu aniversário!
1883 - O município de Campos dos Goytacazes, no estado do Rio de Janeiro, torna-se a primeira cidade da América Latina a ter iluminação pública.
1875 - Patrice Mac-Mahon, presidente da França decide a favor de Portugal e contra o Reino Unido sobre a posse da região sul de Moçambique.
1911 - Hiram Bingham descobre a cidade inca de Machu Picchu, no Peru.
1969 - A missão Apollo 11 retorna à Terra, pousando próxima ao Havaí.
1975 - Samora Machel, presidente de Moçambique decreta as nacionalizações da saúde, educação e justica.
Nascimentos
1783 - Simón Bolívar, líder político sul-americano (m. 1830).
1802 - Alexandre Dumas, pai, escritor francês (m. 1870).
1862 - Raimundo de Farias Brito, escritor e filósofo brasileiro (m. 1917).
1897 - Amelia Earhart, aviadora norte-americana.
1930 - Jece Valadão, ator e diretor brasileiro (m.2006).
1938 - Eugene J. Martin, pintor norte-americano (m. 2005).
1952 - Gus Van Sant, realizador norte-americano.
1959 - Giulio Lopes, ator brasileiro de tv e cinema.
1962 - Edson Bueno de Camargo, poeta brasileiro.
1963 - Karl Malone, basquetebolista norte-americano.
1970 - Jennifer Lopez, cantora e atriz norte-americana de origem porto-riquenha.
1976 - Tiago Monteiro, piloto português de automobilismo.
1883 - O município de Campos dos Goytacazes, no estado do Rio de Janeiro, torna-se a primeira cidade da América Latina a ter iluminação pública.
1875 - Patrice Mac-Mahon, presidente da França decide a favor de Portugal e contra o Reino Unido sobre a posse da região sul de Moçambique.
1911 - Hiram Bingham descobre a cidade inca de Machu Picchu, no Peru.
1969 - A missão Apollo 11 retorna à Terra, pousando próxima ao Havaí.
1975 - Samora Machel, presidente de Moçambique decreta as nacionalizações da saúde, educação e justica.
Nascimentos
1783 - Simón Bolívar, líder político sul-americano (m. 1830).
1802 - Alexandre Dumas, pai, escritor francês (m. 1870).
1862 - Raimundo de Farias Brito, escritor e filósofo brasileiro (m. 1917).
1897 - Amelia Earhart, aviadora norte-americana.
1930 - Jece Valadão, ator e diretor brasileiro (m.2006).
1938 - Eugene J. Martin, pintor norte-americano (m. 2005).
1952 - Gus Van Sant, realizador norte-americano.
1959 - Giulio Lopes, ator brasileiro de tv e cinema.
1962 - Edson Bueno de Camargo, poeta brasileiro.
1963 - Karl Malone, basquetebolista norte-americano.
1970 - Jennifer Lopez, cantora e atriz norte-americana de origem porto-riquenha.
1976 - Tiago Monteiro, piloto português de automobilismo.
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